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Futebol
É uma autêntica viagem! Em entrevista ao "Expresso" e meios Benfica, o capitão recorda 14 anos de águia ao peito. Veja e leia tudo aqui.
19 novembro 2017, 14h38
Luís Filipe Vieira elogia o capitão e o capitão retribui…
“Fico muito feliz por ouvir isso todos estes anos depois. Significa que apostei na pessoa certa, que confiei nas palavras de uma pessoa com uma índole ímpar e que apostou no meu futuro olhando com os olhos daquela época. Hoje vejo que tudo valeu a pena”, afirmou.
E viajou-se então no tempo…
“Quando cheguei aqui vi tudo diferente. Vinha do Cruzeiro, que tinha uma estrutura exemplar em termos de Brasil, e quando cheguei até me assustei um pouco. Mas falei com o presidente e ele disse-me logo qual era a ideia, onde o Benfica queria chegar, deu-me tranquilidade, e era só trabalhar porque as coisas estavam a mudar. E, graças a Deus, no ano em que cheguei conseguimos conquistar logo a Taça de Portugal, que foi muito importante. Retomámos confiança, no ano seguinte vencemos o Campeonato Nacional, foi muito bom, e hoje a estrutura do Benfica é tudo isso que o mundo inteiro vê”, começou por relembrar Luisão, falando da sua chegada em 2003.
Luisão subiu a pulso, é hoje uma referência de Mística e Benfiquismo… mas não foi fácil! Foi preciso lutar muito, mudar formas de pensar e trabalhar ainda mais.
“Saí do Brasil já na Seleção Brasileira, com um título de campeão brasileiro no Cruzeiro, e com outros títulos e até campeão na seleção. A minha ideia era chegar até aqui com aquela confiança toda e afirmar-me, mas, infelizmente, eu era muito novo também, cheguei sozinho e também as lesões que tive atrapalharam um pouco. Muitas vezes eu estava a recuperar de lesões e o Camacho dizia-me que eu tinha de voltar, nem que fosse um bocadinho antes, porque ele contava comigo dentro de campo, mesmo com as limitações que eu tinha… e isso não chega até ao torcedor! Os adeptos e a Imprensa cobravam-me de uma forma… mas eu não estava a cem por cento. Na altura isso foi-me colocando para baixo, havia muita gente a duvidar daquilo que eu poderia render e até me passou pela cabeça voltar para o Brasil. Mas dentro do Benfica, em conversas com várias pessoas, com o psicólogo também, mostraram-me que era aqui que eu tinha de vencer. Eu mudei a ideia, comecei a trabalhar mais ainda e tudo mudou”, revelou o capitão.
“Foi uma conversa informal, eu estava a sair do Estádio, a ir para o carro, e numa conversa breve e informal, ele conseguiu mudar aquela minha tristeza, a minha forma de pensar, a falta de confiança… Foi muito importante. Assim como o Benfica é exemplo no mundo todo na parte da nutrição, preparação física, o LAB, o trabalho individualizado que faz com cada um de nós, a parte psicológica é mais uma que soma para que um jogador esteja sempre bem”, acrescentou relativamente à conversa determinante que teve na altura com o psicólogo do Clube.
“Sou um fascinado pela arte de defender”
Como é que tudo começou?
“O meu pai foi jogador, chegou até à intermediária no Brasil, a 2.ª Divisão. O meu pai foi o meu primeiro incentivador, o meu primeiro treinador. Com cinco anos, ele começou a dar treinos numa escolinha de futebol e no primeiro dia era só eu e ele. Ninguém mais apareceu naquele dia e o meu pai conta que eu dizia-me 'vamos embora' e ele respondia-me 'não, vamos ficar e vamos treinar. É a Escolinha. Começa aqui!'. Depois vieram mais jogadores”, recordou entre risos.
“Até ao nível do posicionamento dentro de campo ele foi determinante. Eu jogava a trinco e quando comecei a crescer o meu pai disse-me que era melhor eu jogar a central, porque teria um futuro melhor. Isso tudo eu devo ao meu pai. Poucas pessoas sabem que desde o começo, desde dentro de casa, eu já tinha a cobrança, as coordenadas do que precisava de fazer para ser jogador de futebol. Ao longo de toda a minha carreira tentei sempre que o meu pai sentisse orgulho em mim e ainda hoje continuo a trabalhar para que ele venha ver os meus jogos e que o pessoal elogie por tudo o que tenho sido no Benfica”, revelou o central.
“Ele teve a inteligência de perceber que eu no meio não estava a dar, não estava a acompanhar o ritmo. Para mais, eu tinha bronquite, graças a Deus passou, diminuí mais uma etapa no campo e foi ali que deu os frutos”, acrescentou.
Luisão é um apaixonado pela arte de defender e explica que esse fascínio vem desde muito cedo.
“Tenho um fascínio pela arte de defender, maior do que propriamente por fazer o golo, que é o que toda a garotada gosta de fazer. Até hoje, fico feliz por um bom posicionamento na defesa ou um corte sem encostar no adversário… Isso para mim é fascinante e já penso assim desde muito garoto”, revelou.
No que toca à sua evolução, olhando para trás, são dois os nomes que destaca e explica os motivos.
“Costumo destacar o Quique Flores, porque quando chegou aqui trouxe algumas ideias mais evoluídas no que toca ao posicionamento da defesa, e depois o treinador com que ficámos mais tempo que foi o Jorge Jesus. Para mim, foi aquele treinador que chegou no momento certo para a minha carreira crescer como jogador”, disse.
Com o passar dos anos, Luisão tem sido confrontado com o facto de já não ter a mesma rapidez de então…
“As pessoas de fora costumam colocar rótulos. Se fosse para ser assim tão rápido talvez fosse melhor optar por outro desporto”, disse.
Como descreve o seu papel dentro de campo? A experiência é fulcral?
“Dou o meu pequeno contributo. Temos jogadores muito inteligentes aqui no plantel. A experiência e aquilo que aprendi tento passar para os outros”, concluiu Luisão em entrevista ao "Expresso" e meios Benfica.
Texto: Sónia Antunes
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024