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Resultados históricos
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A temporada 2018/19 ficou marcada por várias
reconquistas!
As desportivas, com os títulos nacionais de Futebol,
Futsal e Voleibol (além da revalidação de outros e
da aposta bem-sucedida no Futebol Feminino).
A patrimonial, tendo em conta a passagem do Estádio,
restantes infra-estruturas e da BTV para a esfera do
Clube, passando a ser detidos a 100% pelo Sport
Lisboa e Benfica.
E, finalmente, a financeira, em que, pela primeira
vez desde que a SAD foi constituída, há cerca de
vinte anos, os capitais próprios são superiores ao
capital social, o que contrasta com a situação
patrimonial passada (e a dos nossos rivais).
Normalmente, as duas principais componentes do
Capital Próprio de uma organização, caso não se
tenham efetuado operações de recapitalização
utilizando instrumentos financeiros como, por
exemplo, VMOC, são o capital social e os resultados
transitados.
Desde a constituição da SAD do Benfica que os
capitais próprios foram inferiores ao Capital Social
devido ao forte investimento (plantel, Estádio,
centro de estágio, museu, Benfica TV, modernização e
profissionalização, etc) que teve de ser feito ao
longo dos anos, nomeadamente na primeira década de
existência da SAD, com recurso obrigatório, por
necessidade, a terceiros, nomeadamente a banca. A
situação herdada há quase duas décadas era
calamitosa a vários níveis, sobretudo, além do
desportivo, o patrimonial e o financeiro, incluindo
uma tesouraria depauperada que asfixiava o Clube. O
esforço empreendido para, simultaneamente, devolver
a credibilidade perdida, recuperar financeiramente e
investir fortemente em várias áreas foi colossal.
No presente, o lucro verificado pelo sexto ano
consecutivo permitiu a inversão da situação descrita
acima. Em 2018/19, o resultado líquido foi positivo
em 29,4M€, o segundo maior de sempre.
Para tal muito contribuiu a faturação recorde de
263,3M€ conseguida pela SL Benfica, SAD. Note-se que
este montante não inclui a transferência, por 126M€,
de João Félix para o Atlético Madrid, a qual ocorreu
já em 2019/20. O Grupo Benfica, do qual a SAD faz
parte, obteve também uma marca histórica,
ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 300M€
nos rendimentos (301,2M€).
O ativo da SAD cresceu 3,2% e o passivo baixou 3,4%.
Relativamente ao passivo, que se trata das
responsabilidades presentes e futuras, ou seja,
dívidas no presente e compromissos assumidos no
futuro, prossegue a política de redução.
O endividamento financeiro foi reduzido em 162,3M€
nos últimos três anos. A dívida à banca é agora
residual. Os 13,2M€ resultam de uma conta
caucionada, usada para a gestão de tesouraria, pouco
ou nada significante face aos rendimentos obtidos
(cerca de 5% dos rendimentos). As parcelas do
passivo mais relevantes são os empréstimos
obrigacionistas (131M€), mas que foram reduzidos em
22M€ comparativamente ao ano anterior; os
fornecedores, que totalizam menos de metade do que
se tem a receber de clientes; e a rubrica “outros
passivos” que, como é bem conhecido, é composta
sobretudo pelo adiantamento de receitas da NOS
(118,5M€ de direitos televisivos), utilizada para
reestruturar o passivo financeiro (a taxa de juro
média ronda agora os 5%, o valor mais baixo em
largos anos) e que é meramente contabilística (será
reduzida consoante a realização dos jogos e a
respetiva transmissão televisiva, não envolvendo
qualquer pagamento em dinheiro).
Estes e outros dados refletem o acerto da aposta na
formação que tem possibilitado em simultâneo, nos
últimos anos, sucesso nas vertentes desportiva e
financeira. O futuro só pode ser encarado com
confiança e optimismo!
P.S.: O pior que pode existir para quem tudo aposta
nas ameaças e coação é verificar que alguém possa
assumir publicamente os seus erros, em que
eventualmente os tenha beneficiado. Será sempre
visto como um falhanço e um forte revés na sua
estratégia de permanente intimidação.
Pelo contrário, achamos que é sempre uma atitude
digna e que importa realçar como contributo para a
transparência das competições.
E falamos à vontade porque quando, na sequência do
último Belenenses SAD – Benfica, o vice-presidente
do Conselho da arbitragem foi ao novo canal
televisivo 11 tentar justificar dois erros de
arbitragem que nos penalizaram, não concordando com
as explicações, encarámos de forma positiva tal
iniciativa e nada comentámos publicamente.
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