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Maré vermelha
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Mais uma final ganha, mais uma etapa cumprida, mais
um passo a aproximar-nos da Reconquista! A vitória
frente ao Marítimo teve o brilho das grandes noites:
exibição de gala, chuva de golos e uma sintonia
perfeita entre o relvado e os mais de 52 mil que
estiveram nas bancadas (numa 2.ª feira à noite).
Jogo perfeito!
Os números da produção ofensiva do Benfica em
2018/19 estão a atingir um patamar raro. É preciso
recuar mais de 50 anos (!) para se encontrar uma
temporada em que o Benfica tenha ultrapassado os 124
golos que já leva atualmente. Nessa altura, em
1964/65, a equipa de Elek Schwartz completou a época
com 157 golos. Era o tempo do Rei Eusébio e de
príncipes como Mário Coluna, José Augusto, José
Torres e António Simões.
Daí para cá, o melhor registo foi em 2009/10
(estreia de Jorge Jesus), que terminou com os mesmos
124 golos que o Benfica já soma neste momento, mas
tendo ainda 4 jornadas por realizar. Se contarmos
apenas os jogos do campeonato, os números atuais são
igualmente extraordinários: 87 golos já apontados!
No novo milénio, apenas por uma vez se fez melhor –
88 em 2015/16, a primeira temporada com Rui Vitória.
Neste caso, para encontrar um número mais alto é
preciso recuar a 1975/76, quando o Benfica, então
treinado por Mário Wilson, terminou a prova com 94
golos. Três anos antes (1972/73), com Jimmy Hagan,
foi a última vez que se ultrapassou a centena de
golos: 101.
O registo ofensivo desde a chegada de Bruno Lage
(16.ª jornada, a 6 de janeiro) está ao nível do
melhor que o Benfica tem na sua história: 56 golos
em 15 jogos, o que dá uma média de 3,73 por jogo. O
valor mais alto no futebol europeu em 2019.
Um percurso fantástico com o atual treinador (15
jogos, 14 vitórias e 1 empate), mas que ainda não
garante aquilo que é o mais importante. Sabemos que
estamos a 4 finais do objetivo e que só lá
chegaremos se continuarmos a mostrar a competência e
a qualidade que nos trouxeram até aqui.
O jogo de Braga, no próximo domingo, exige o mesmo
Benfica que tivemos no Dragão, em Alvalade, em
Guimarães, em Moreira de Cónegos, na Vila das Aves,
nos Açores ou em Santa Maria da Feira: comprometido,
alegre, rigoroso, forte e determinado!
A onda vermelha estará no Minho e será fundamental
para esta penúltima final fora do Estádio da Luz.
Faltam 360 minutos!
PS: A afirmação internacional do Benfica continua a
fazer-se ao mais alto nível. É hoje oficializada, no
Museu Cosme Damião, a constituição da ISMA
(Associação Internacional dos Museus Desportivos),
com o Presidente Luís Filipe Vieira a marcar
presença na cerimónia e a receber os representantes
de alguns dos mais importantes clubes mundiais. O
dia fica ainda marcado, a outro nível, pelo encontro
anual com os parceiros comerciais do Benfica, num
convívio que anima o dia no Caixa Futebol Campus. Um
sinal claro – mais um – da vitalidade do clube.
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