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O nosso caminho
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As equipas de formação do Benfica estão, tal como a
equipa principal, a cumprir a reta final dos
respetivos campeonatos. Iniciados, Juvenis e
Juniores ocupam o 1.º lugar, mantêm-se invencíveis
(11 vitórias e 3 empates, no total) e alimentam
legítimas esperanças em conquistar o(s) título(s).
O projeto do Seixal vive um período de ouro que não
se resume ao excelente trajeto que estes três
escalões estão a cumprir – independentemente de
virem ou não a sagrarem-se campeões nacionais. A
isto é preciso juntar o desempenho de grande
qualidade do Benfica B e até a importância que tem
hoje a equipa de sub-23 na estratégia global.
A aposta no talento formado em casa é, como se
definiu e anunciou no momento certo, absolutamente
inegociável. O futuro passa pelo Seixal e pela
qualidade dos jogadores desenvolvidos na “Fábrica”,
como há dias afirmou o Presidente do Benfica, Luís
Filipe Vieira.
O ressurgimento europeu do Ajax é a prova mais
recente de que é possível, num patamar de grande
exigência, atingir resultados de excelência a partir
de um projeto assente nos frutos da formação.
Enquanto o Benfica mantém esta preocupação em
construir e acrescentar valor ao futebol português,
há quem insista em lógicas incoerentes, indefinidas
e que não contribuem para a melhoria da indústria.
Foi com estupefação que o Benfica recebeu a notícia
da multa, aplicada pelo Conselho de Disciplina (CD)
da Federação Portuguesa de Futebol, na sequência de
críticas feitas à arbitragem.
As observações que fizemos nessa altura (14 de
janeiro) estiveram em linha com aquilo que a maioria
dos jornais, televisões e rádios também acabaram por
defender relativamente ao que se passou, na
arbitragem, na 1.ª volta deste campeonato.
Isso mesmo foi reconhecido por praticamente todos os
analistas do futebol português – especializados ou
não – e até, imagine-se, pelo Conselho de Arbitragem
(CA), que no balanço ao primeiro terço da prova
acabou por assumir “9 erros graves” relacionados com
o desempenho de árbitros e respetivos
vídeo-árbitros.
Faz sentido perguntar, já agora, se o CD também
pondera a hipótese de ainda vir a multar o CA?
Por fim, lamenta-se o silêncio que este mesmo
organismo mantém relativamente ao clima de ameaças e
coação instalado no futebol português e com autores
cada vez melhor identificados.
PS: Ficou agora a saber-se que o porta-voz do roubo
dos e-mails mentiu em tribunal ao invocar o estatuto
de jornalista e praticou assim mais um crime, agora
de usurpação de funções, tendo levado a própria
Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas a
tomar uma posição pública. Quando se pensa que não é
possível descer mais, existe sempre quem consiga
surpreender.
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